Saiba como evitar o aparecimento precoce desta doença que atinge cada vez mais pessoas e cada vez mais cedo.
Nas últimas décadas, a incidência deste tipo de cancro triplicou. Neste momento, é o tipo de cancro de pele mais frequente e com pior prognóstico. E apesar da idade habitual do seu diagnóstico rondar os 60 anos, pode surgir logo aos 20 anos.
Segundo o dermatologista João Maia e Silva, «só nos últimos vinte anos, a sua incidência triplicou». Actualmente, estima-se que surjam cerca de 100 novos casos por ano, em Portugal. Um número que, nas últimas décadas, também tem vindo progressivamente a aumentar.
«O melanoma tem origem nos melanócitos, células do sistema de pigmentação da pele, responsáveis pelo bronzeado, após a exposição solar», explica o especialista. O melanoma é o tipo de cancro cutâneo mais grave, sendo responsável por mais de 80% das mortes por cancro da pele. A observação clínica em consulta é suficiente para detectar problemas e obter um diagnóstico precoce da doença, um procedimento que resulta, na maioria das vezes, no sucesso do tratamento.
Porque pode surgir mais cedo?
«É mais frequente nos idosos, contudo, as pessoas que estão expostas a grandes quantidades de radiação solar podem desenvolver cancro precocemente, entre os 20 e os 30 anos. Aliás, dados estatísticos mostram que este é o tumor maligno mais frequente nas mulheres entre os 25 e os 29 anos», alerta o especialista.
As pessoas que mais se expõem ao sol durante a sua actividade profissional ou lúdica têm, segundo o dermatologista, «um fotoenvelhecimento mais precoce e um passado de queimaduras que aumentam o risco de desenvolver cancro da pele». O especialista lembra ainda que «uma percentagem significativa da radiação solar a que estamos expostos não resulta da exposição solar da praia, mas sim de breves actividades diárias».
Como prevenir:
– Evitar a exposição solar nas horas de maior índice ultravioleta (entre as 11h e as 17h);
– Usar protector solar com filtros para a radiação UVA e UVB sempre que sair de casa e independentemente da intensidade solar;
– Vestir roupa adequada para se proteger dos raios solares (chapéu, calças e camisolas de manga comprida, de tecidos leves);
– Usar correctamente o protector solar (com FPS superior a 30). Aplicá-lo 30 minutos antes da exposição solar e durante volte a aplicá-lo de 2 em 2 horas e, também, sempre após os banhos;
– Não recorrer a solários;
– Evitar queimaduras solares (escaldões), desde a infância, pois aumentam o risco de desenvolver cancro da pele mais tarde.
Sinais de alarme:
– Alteração de um sinal já existente na cor, no tamanho ou na forma;
– Detecção de um sinal que sangre;
– Aparecimento de um sinal novo (principalmente após os 40 anos) com uma forma irregular e uma cor anormal;
– Comichão ou ardor num sinal pré-existente;
– Detecção de um sinal que se tornou anormalmente grande (diâmetro superior a 6 mm);
– Aparecimento de feridas que curam muito lentamente.

