As doenças cardiovasculares em Portugal

A taxa de mortalidade por doenças cérebro-cardiovasculares em Portugal diminuiu, no entanto ainda existe um longo caminho a percorrer.

as doenças cardiovasculares

Fonte Revista Saúde e Bem-Estar

Segundo o coordenador do Programa Nacional das Doenças Cérebro-Cardiovasculares, Dr. Rui Ferreira, os dados de 2013 referentes à mortalidade por doenças cérebro-cardiovasculares em Portugal atingiu o valor mais baixo (29,5%) desde que há registo. Apesar da evolução positiva, estas patologias continuam a ocupar o 1ºlugar nas causas de mortalidade nas idades inferiores a 70 anos.

Menos enfartes, mais AVC

Em Portugal, tal como no resto da Europa, dominam as doenças não transmissíveis como principal causa de mortalidade. No entanto, ao contrário da maioria dos outros países, em que a cardiopatia isquémica é a principal causa de mortalidade cardiovascular, em Portugal predomina a doença cerebrovascular, fundamentalmente por acidente vascular cerebral (AVC) que condiciona 2/3 da mortalidade cardiovascular.

Esta disparidade em relação à Europa pode ser explicada pelo deficiente controlo da hipertensão arterial na população portuguesa e, em menor grau, pelas baixas taxas de anticoagulação na fibrilhação auricular.

Investir na prevenção

Diferentes estudos, onde também se observou uma evolução positiva na mortalidade cardiovascular, concluíram que a redução da mortalidade foi condicionada pelas medidas preventivas em cerca de 50% (em 40% pelos tratamentos e em 10% por causas não identificadas). Isto justifica a necessidade de investir na prevenção, numa mais ampla disponibilização dos tratamentos e no treino dos profissionais de saúde.

Outros estudos concluem que a doença coronária é susceptível de prevenção em 80% dos casos por intervenção no estilo de vida através: da cessação tabágica, do controlo dos factores de risco cardiovasculares, do aumento da actividade física e da adopção de uma dieta saudável.

Esta evidência representa um tremendo desafio para a organização e valores da nossa sociedade, que não pode deixar de manter e até aumentar o investimento na educação e no combate à iliteracia em saúde da população, com especial incidência nas novas gerações, envolvendo a família e a escola.

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